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RESERVA NATURAL DO SAPAL DE CASTRO MARIM E VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

 

 

Do mirante que é o castelo de Castro Marim, mandado erguer por Afonso III em 1242 e em torno do qual cresceu a vila junto a foz do Guadiana, pode admirar-se o curioso reticulado da paisagem, misto de estuário, sapais, corpos de água salobra, salinas, pastagens, charcos, esteios e extensões sem vegetação que constituem refúgio para um elenco de aves aquáticas dos mais numerosos do território português.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Stº António (RNSCMVRSA) localiza-se no sudeste algarvio, junto á foz do Guadiana, abrangendo um território integrado nos dois concelhos que lhe dão o nome: Castro Marim; e Vila Real de Sto António.O sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António foi a primeira Reserva Natural criada no continente português (Decreto nº 162/75, de 27 de março).

 

O interesse biológico da zona nos seus múltiplos aspetos ecológico, botânico, ornitológico e ictiológico, o valor arqueológico do aglomerado de Castro Marim,assim como a alta sensibilidade da área e a sua capacidade influenciadora de fatores económicos regionais, designadamente da pesca, da salinicultura e do turismo, foram as razões invocadas no diploma que cria a Reserva.

 

Os esteiros são local privilegiado para a reprodução de peixes e crustáceos. As aves constituem o grupo faunístico melhor estudado na Reserva e zonas envolventes, nomeadamente o grupo das aves aquáticas. Aqui ocorrem regularmente 169 espécies de aves, na sua maioria aves aquáticas invernantes e migradoras. Existem ainda registos de mais 17 espécies que ocorreram de forma ocasional.

 

Entre as aves aquáticas destaca-se o Pernilongo (Himantopus himantopus) e o Alfaiate (Recurvirostraavosetta). Por outro lado, a Cegonha-branca (Ciconia ciconia) sobressai pelo número de ninhos ocupados. Presentes também aves estivais, caso do Flamingo (Phoenicopterus roseus) e da Andorinha-do-mar-anã (Sternula albifrons), e invernantes, como o Maçarico-de-bico-direito (Limosa limosa) e o Pilrito-comum (Calidris alpina).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os sapais secos, ou secundários, da área de estudo, são importantes para a manutenção da diversidade a nível local, nacional e europeu. Enfrentam graves problemas de conservação, e estão parcialmente fora do perímetro da Reserva. Algumas das espécies de aves que aqui ocorrem estão incluídas nas “Aves com elevado valor de conservação”, anteriormente referidas, i.e. a Perdiz-do-mar (Glareola pratincola), o Alcaravão (Burhinus oedicnemus) , o Sisão (Tetrax tetrax), a Cotovia-montesina (Galerida theklae), a Calhandrinha-das-marismas (Calandrella rufescens) e o Tartaranhão-caçador (Circus pygargus). No inverno ocorrem também a toutinegra-tomilheira (Sylvia conspicillata), a Calhandra-real (Melanocorypha calandra) e a Narceja-galega (Lymnocryptes minimus), respetivamente com os estatutos “Quase Ameaçado” (as duas primeiras) e “Informação Insuficiente”. A toutinegra-tomilheira está presente também durante a primavera, desde o final do inverno.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 O símbolo desta Reserva Natural é o Pernilongo (Himantopus himantopus), ave de arribação que em castro Marim, pode ser observada durante todo o ano devido às condições favoráveis que aí encontra.

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